Outra vez, a notícia triste
acordou Guiné-Bissau. Um país que sempre viveu com a dor, angustia desde chega
do mal, no século XV. O mal que se estendeu até os nossos dias, com seus vírus
mortíferos. Vem a se fortalecendo ainda mais nestes últimos anos, e,
consequentemente, menos de quatro anos tombaram dois presidentes em pleno
exercício.
Neste momento, não sei explicar a
ninguém como que os males estão se preparando, depois da morta de uma parte da
esperança da nação guineense, para atacar de novo, criando outras
instabilidades e banho de sangue. Mas, só sei que, no dia 09 deste ano, 2012,
segundo disseram, caiu um homem que tinha amor à vida e amor ao seu povo. Um
homem que conseguiu derrubar as tempestades com seu coração doce quanto seu
pensamento. Um homem que falava com seus terríveis oponentes, vestidos com a
camisa de fogo, mas, este tal homem usava o sorriso para apagar o próprio fogo.
Vivia lutando, mesmo desgastado com a doença, mas, sentava e tentava utilizar o
seu principal ferramenta, a palavra, para convencer os não convencidos.
Geralmente chorava que queria viver, para organizar e desintoxicar a mente
daqueles que se acham que o país deve ser conduzido aos seus bel-prazeres. E,
que deve prevalecer mais a presença do corpo que a mente. Torturando até a
morte seus contrários. O homem morreu, e não morrerá a sua emocionante
história. Creio que o amanhã saberá que um dia, neste país, viveu um homem com
a mente forte, chamado Balam Bacai Sanhá. Saberá que tantas vezes ele tentou
chegar ao alto cargo da nação, mas, após de dois anos do sonho concretizado,
foi jazido pela doença fatigante. Deite em paz na nossa mente.
Agora. Dentre a monstruosa
política vigente na Guiné-Bissau, provavelmente ninguém teria a coragem de
olhar o problema da nação e pedir que se organizem as eleições depois da sua
data prevista. A não ser esta: temos que respeitar a constituição e cumprir a
sua determinação. Claro, todos os guineenses concordariam com a suposta
alegação, porém, não devemos também ignorar a realidade péssima que o país está
vivendo neste momento e partir para questão pessoal ou partidária.
A quem se acha é principal
substituto desse grande e glorioso guineense, deve fazê-lo nos momentos
apropriados sem criar tumulto, ou seja, usar mais a inteligência. Caso
contrário, continuará para sempre o indesejável. O pior de tudo seria a própria
nação guineense o principal derrotado.
Marcelo Aratum
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