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sábado, 20 de junho de 2015

GUINEENSE É SINONÍMIA DO PROBLEMA

E o P.A.I.G.C.?


Diz-se que há divergência dentro do P.A.I.G.C. Será que essa divergência é nova? Não. O PAIGC em si é um problema. A história desse partido é feita sob problema. Sim, sob problema. O que se espera de um partido que vem jogando, no chão, seus carismáticos lideres: Amílcar Cabral, Nino Vieira e entre outros? Eu não. O que se espera de um partido que inventou a guerra, dentro da cidade, em 1998, e jogou no chão, as crianças, as mulheres, os jovens entre outros? Eu não. O pior de tudo, os camaradas continuam vivos no coração dos guineenses, perdoados de todas as “façanhas”, pressupondo que o erro do outro, o P.A.I.G.C. é a solução. O que se espera de um partido que se derrubou, depois de tantas tempestades em 2012? Eu não. O PAIGC é feito de problemas. O problema do P.A.I.G.C. é hereditário e permanecerá. E, se pensar que o P.A.I.G.C. é a solução da Guiné-Bissau, está se enganando, pura ilusão.

Mas o problema é apenas com o P.A.I.G.C.?

Pior que não. Em 1999, o P.A.I.G.C. saiu para tomar um pouco do ar, chegou ao poder o P.R.S., com embrulhos de problema. Os guineenses de olhos encharcados de lágrimas pararam durantes anos, assistindo aos espetáculos dos novos dramaturgos.

Mas o problema é apenas quando o partido chega ao poder?

Pior que não. Os guineenses assistiram à chegada do Movimento Bafatá, mesmo forte que era, mas acabou a se desmanchar no ar, sob problemas imensos dentro do partido. Hoje, seus fundadores vivem perambulando como lãs de “polon” no vento.

Mas o problema é apenas na política?

Pior que não. O grande problema, da Guiné-Bissau, está na própria sociedade guineense. Vivíamos e vivemos em crise de relacionamento. Os guineenses, mesmos em silêncio, se estufam de problemas. Esperando os momentos propícios para se explodir. E, sua explosão é tal igual do Big Bang, nunca para de se expandir.
Estou ciente que a verdade dói. As pessoas em geral, às vezes, não estão preparadas a ouvir certas verdades, mas, infelizmente, a realidade é esta: vivíamos e vivemos sob problemas. Quem não assistiu o que aconteceu na própria representação diplomática aqui no Brasil? É soco, pontapé, é paulada na cabeça de um dos outros, acarretando a hospitalização de quem levou pior. GUINEENSE É SINONÍMIA DO PROBLEMA

Não adianta falar mal dos governantes e do país. Mas, precisa-se de desenvolver o espírito de reflexão sobre as proveniências dos problemas. Nunca deve se deixar cair nos discursos partidários, já que o seu partido e o meu é a Guiné-Bissau. Isto é, deve-se compactuar com o partido que se empenha com a política social: hospital e educação de qualidade; moradia popular e com as necessidades básicas. Deve-se rejeitar categoricamente os projetos supérfluos ou de manipulação, como esta: “a Reconciliação Nacional.” A Reconciliação Nacional do caralho! A Reconciliação Nacional se faz com a justiça social e não com discurso. E, muito menos com a invenção dos  problemas, desviando atenção das pessoas sobre o verdadeiro problema: a CORRUPÇÃO.

Marcelo Aratum            

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