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quarta-feira, 24 de junho de 2015

PRIMEIRO-MINISTRO PARA QUÊ?


     Dizem que o ser humano é o mais inteligente da natureza.  Será que essa inteligência é abrangente a todos? Afirmam que o homem sempre procura os mecanismos propícios para solucionar os problemas que estancam seu progresso. E você, que proposta já apresentou para solucionar os problemas que estancam o seu caminho, caminho da Guiné-Bissau? Será que choramingar, falar mal dos políticos, reclamar, etc. é solução dos problemas? Qual é seu papel na Guiné-Bissau, como cidadão guineense que você é? Ah! Você vai me dizer que está trabalhando. Não estou perguntando isso, se está trabalhando ou não, isso não me importa, até porque o trabalho é uma rotina natural do ser humano, enquanto lutar é quebrar com essa rotina. Repito, qual é o seu papel como cidadão que você é? Qual é o principal problema que nos estanca durante a "vida" democrática no país? Não sabe? Claro que sabe. Assistimos há décadas, os espetáculos, queda-de-braços entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro. Mesmo assim, você não conseguiu enxergar, pois está submersa na rotina natural do homem: trabalhar. Olha, trabalhar sem reflexão sobre si é como um burro puxando arado nas lavouras. 
      Mesmo com a infinita guerra entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro, por falha da própria Lei, mas, ela, a Lei, no caso, continua fortemente marcada, nas folhas, promovendo as eleições dessas duas entidades problemáticas.
       Pergunto, para que a eleição do Primeiro-Ministro? Em um país, como a Guiné-Bissau, tamanho de “djamba.” Não acha a eleição do Primeiro-Ministro é ineficiente?!
   Em particular, creio que é necessário a extinção, na Guiné-Bissau, a eleição do Primeiro-Ministro. Caso isso ocorra, trará apenas grandes benefícios e tranquilidade para os guineenses:
       Primeiro: vai existir apenas um líder, que nomeará os seus liderados - ministros (ou seja, uma democracia dentro da nossa realidade: “um régulo de tabanca”);
   Segundo: Diminuirá os problemas “homogêneos ou heterogêneos” (que geralmente ocorrem no mesmo partido ou em partidos diferentes);
            Terceiro:  Aliviará bastante a economia do povo.  em vez de gastar com o salário do Primeiro-Ministro e suas despesas, sem qualquer rendimento;
            Quarto:  diminuirá o gasto nas eleições, isto é, teremos apenas duas eleições momentâneas: para Presidente da República e para os deputados, com poderes independentes. Afinal, não terá mais “quem derruba quem”; apenas será decisão do povo, se no caso ele é participativo;
          Quinto: o voto do povo terá valor. Isto é, os seus representantes, mesmo de partido diferentes, chegarão ao fim do mandato.
        Sim. A lei é feita indiretamente pelo povo, cabe a ele desfazê-la quando vê a sua fragilidade ou desvantagem. Lembrando que essa lei (da eleição das duas figuras briguentas), não é regida pelo povo. Ela veio com os camaradas, na era do partido único.
      Estou ciente que, para mudá-la, será difícil, ou exageradamente, digo que será impossível. Aquele negócio de sempre: os outros não mudaram suas leis, então, não temos o porquê mudarmos a nossa. Esquecendo que a nossa realidade, a nossa cultura, com relação a esses outros é bem distante, um milhão de ano luz. Também, esse outro dificilmente se vê derrubando um aos outros, no poder.
        A solução de qualquer povo está em sua articulação com as leis em desuso, ou das leis que não compatibiliza com as necessidades populares ou com a realidade cultural. 
       Esta é um dos caminhos ao progresso da Guiné-Bissau. Caso contrário, continuaremos assistindo aos espetáculos, enquanto, atrás das cortinas enchendo barriga de corrupção.
      Se esse artigo de opinião compatibiliza com sua linha de pensamento, divulgue-o, só assim, o seu sonho e a minha realizarão e, concomitantemente, encontraremos um país governado com a responsabilidade. Reforma inteligente na política já!!!!!


Marcelo Aratum   

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