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domingo, 29 de abril de 2012


AS PRINCIPAIS CAUSAS DA INSTABILIDADE E DA POBREZA NA GUINÉ-BISSAU É O MEDO...
           Como será a nossa posição perante essas pessoas tão opostas ao progresso, que nos atola cada vez mais no fogo do inferno? Até neste momento da minha loucura, não acredito que a sociedade guineense vai deixar esses indivíduos impunes de suas barbáries, de suas participações indiretas na mortandade de milhares de crianças, pelas suas cumplicidades nas doenças e fome delas. As crianças sem futuro, perambulando de um lado para outro. Pelo amor de deus, esses camaradas devem ser processados e punidos conforme a lei manda. A sociedade guineense deve processá-los; procuradoria da república deve processá-los; nós devemos processá-los.
            Sei claramente que alguém diria que processar esses camaradas não daria em nada. Eu também pensava da mesma forma. Mas, quando lembro que não tem nada mais incomodo quando alguém sabe que tem processo esperando por ele no tribunal. Não tem nada mais inquietante e vergonhoso quando passa na rua, ouvindo a população gritando de vaia: só lagarto vai responder à justiça! Nada existe mais preocupante quando você é considerado foragido da justiça, ou seja, aquele que se esconde da justiça. Acima de tudo, quando seus eleitorados sabem que o candidato tem o processo no tribunal.
            Não vai dar em nada, porque o fulano ou beltrano tem arma em mão, ou tem grupo armado que o protege, não é justificativa. Este tipo de pensamento deve ser banido na mente dos guineenses. A força de arma nunca derrota a vontade de um povo ou da maioria. Simplesmente mete medo, mas, nunca vence.
            Para tanto, se queremos radicalizar a pobreza, a corrupção, o analfabetismo, a arrogância temos que vencer o medo e criar cada vez mais as estratégias para enfrentar os monstros tanto interno quanto externamente.
            É evidente para vencer o medo, na Guiné-Bissau não é uma tarefa fácil. Já que, desde criança fomos sempre orientados para deixar as coisas como estão, ou seja, não cobrar de ninguém as ordens, as normas, as legalidades, a cumprir com seus deveres no país. Lembrando daquele velho conselho dos pais: tira bu boca na problema de país. Mas, nunca eu parava para perguntar quem deveria entrar no problema do país, caso todo o mundo isentasse dele.
Foi desse jeito, projeto dos antigos governantes, de criar o medo dentro da sociedade guineense, para pudessem vandalizar a nossa economia. Qualquer manifestação contra suas façanhas governamentais, na época faziam a questão de derrubar no chão, sangrentamente um, dois ou três manifestantes, horas após  tudo se volta normal. Enquanto a morte silenciosa, a mais desastrosa permanecia arrastando a família: de fome, doença, bala dos militares e policiais malucos, assim por diante. Assim que a Guiné-Bissau vivia e assim continua vivendo: no medo.
            Nunca os guineenses vivem com recursos necessários à vida. De ter um bom hospital, uma boa escola, uma boa administração pública, uma sociedade organizada, etc. A não ser viver de balas de AK-47. Prematuramente morrem os guineenses. A morte que maioria das vezes, pela ignorância nossa ou pela fé é atribuída ao destino de Deus, aos feiticeiros da vizinhança, ao irrã: o fulano tal morreu, porque o pai ou a mãe esqueceu-se de fazer cerimônia. Que você acha? Uma sociedade assim, os governantes, com coração de monstros agradecem.
            Eu e você temos que montar estratégia para achar o caminho ao progresso da Guiné-Bissau. Gente! Estamos no século XXI, nós não podemos continuar a viver sob tutela milagrosa, do sobrenatural. Vamos jogar camisa partidária bem longe e pensar na Guiné, nas crianças abandonadas, que às vezes, cuidadas por organismos estrangeiros. Vamos deixar arrogância de lado, mesmo sabendo que você é um onipotente, que pode fazer e desfazer e nada acontece, mas, seria bom pensar na Guiné-Bissau. Nunca rouba do povo nem sua consciência nas urnas.
            Concluindo, para viver em paz na Guiné-Bissau, devemos banir a impunidade e o medo. Devemos agir bem. Agir dentro da lógica daquilo que é justo: Justiça. Pensar livremente e respeitar o pensamento do seu próximo. Resumindo: ter coragem de enfrentar os monstros que estão bem ativos na nossa sociedade. Esperar que a famosa Comunidade Internacional resolver o nosso problema? Já lembrou uma vez que isso acontece? Eu, não. O que eu lembro desta comunidade é somente promessas e mais promessas, enquanto o tempo e as dificuldades só aumentando. Síria é exemplo evidente. Comunidade Internacional adora fazer reuniões sem qualquer solução, a não ser PROMESSA, ou na expressão: nós condenamos golpe do Estado.
Marcelo Aratum
aratum22@yahoo.com.br     

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