Total de visualizações de página

sábado, 28 de fevereiro de 2015

UNIÃO EUROPEIA





A MESA-REDONDA SOLICITADA POR NHO DOMINGUINHO

É aquele de sempre, “nos” dão papeladas de euros e nós lhes damos os recursos naturais: barcos de pesca da União Européia enforcando a cada milha do nosso mar; moto-serra consumindo cada gigante dos arvoredos; sistema político, econômico, jurídico, administrativo, social, etc. sacolejado, monitorado, manipulado, acorrentado, enxugado, vulgarizado por causa dessas inúmeras de “redondinhas” sem projeto algum. Pois é, o Dominguinho solicitou a redondinha para ficar apenas nas redondezas – ouvir as armadilhas, e mais nada. A Mesa-Redonda não é uma novidade como se pensa, mas um projeto que vem dos longos séculos com os colonizadores europeus, por sua vez, fazem a questão de contextualizá-la mediante as conjunturas políticas de cada geração.
O mais catastrófico e visivelmente desrespeitoso com a nossa inteligência é este:
A União Europeia (UE) vai pagar a deslocação da comitiva da Guiné-Bissau à reunião com doadores, marcada para 25 de março, em Bruxelas, anunciou hoje o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira”. Ah, sim! Uma coisa traz a outra. Uma vez houve críticas óbvias sobre a doação chinesa de trezentos computadores à Guiné-Bissau. Porém, apareceu aquilo que todo o mundo sabe: “nada é oferecido de graça”, “no mundo capitalismo, tudo se faz com uma intenção”, “blá, blá, blááááa”, ou seja, uma colocação hiper-superficial. Voltando ao assunto, no que se refere às manobras europeias, não ouvi nem vi nenhuma crítica a respeito. Pelo contrário é a chuva de alegria por todo canto em que se encontram os guinebissauenses, como diz um dos personagens dos meus livros: Noite das Lágrimas em África e As Lágrimas de uma Mulher: os culpados. Pois é, não é coisa do além, um país colonizado há séculos, “dificilmente” haja uma ruptura ao pensamento do colonizador. Continua e continuará dentro de nós, na essência de cada guinebissauense um “pedaço” de submissão colonial.
Uma pergunta que não se deixa calar: dinheiro dos europeus que vai tirar a Guiné-Bissau nas mazelas que se encontra, ou os guineenses devem mudar o seu jeito de pensar o mundo? Simplesmente é uma pergunta de reflexão. Lembro-me quando o P.R.S. (Partido de Renovação Social) chegou ao poder, depois que o país foi completamente detonado, solicitou a Mesa-Redonda, que foi impedida de se realizar por parte de certas figuras, encabeçadas principalmente por Fadul, chamando os dirigentes desse partido de todo nome que se pode imaginar de ruim. E, essa tal Mesa acabou não acontecer. Sempre falo: O mundo não deve ser dado, mas, sim, deve ser pensado.
Marcelo Aratum 

Nenhum comentário:

Postar um comentário