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terça-feira, 1 de maio de 2012


EXPERIÊNCIA COMO ESCRITOR
Para falar da minha experiência como escritor é nada mais que expor as perguntas e as respostas que já deparei. Ora bem, depois da recente publicação da minha primeira obra literária, em dezembro de 2010, fui abordado várias vezes com perguntas difíceis até de responder. Fui sim, muitas vezes abordado, por diferentes pessoas, perguntando, quem é um escritor? Que é um livro? Que é Literatura? Por uma resposta bem simples, é que, escritor é um artista vestido com sua ideologia, sua filosofia e seu momento histórico. É aquele que tem a linguagem como seu principal objeto, ou seja, o escritor usa as palavras para desenhar o mundo em que vive. Em suma, a literatura é uma manifestação artística. Nada mais, ao ler NOITE DAS LÁGRIMAS EM ÁFRICA, encontrará, nela a postura minha sobre a realidade e as aspirações guineenses. Assim como, em qualquer outra obra Literária. Repito, escritor é aquele que arquiva, para geração vindoura, a realidade, a qual viveu. É aquele que, às vezes cria, desenha os fatos reais ou não, com as palavras escritas e publicadas.    
         O que diferencia um escritor com o outro?
           Na verdade, cada escritor tem seu estilo de representar o mundo em que viveu. Por exemplo, os pintores procuram representar seu mundo, seu sentimento, sua emoção ou realidade através de seus quadros. Agora, depende como que cada um vai fazer a tal representação. Na obra literária ocorre o mesmo, cada escritor procura representar o mundo do seu estilo, criando personagens de acordo ao perfil do mundo, a que se refere. Voltando à pergunta anterior, que é um livro? Para fins estatísticos, na década de 60, a UNESCO considerou o livro como uma publicação não periódica, que consta de no mínimo 49 páginas, sem contar as capas. Acho que isso era suficiente para que as pessoas saibam discernir o significado verdadeiro de um livro, ou seja, saber diferenciar livro com as outras publicações impressas.  
         Por que publicação não periódica?
            Em vez de pegar revista, como exemplo, vale mais a pena pegar os famosos da mídia, que possuem uma aparência de extrema beleza, não importa se apresentam algum tipo de conhecimento intelectual, mas, a verdade é que, a fama que eles carregam não atravessa o tempo, como um livro. Resumindo, isso se faz que um livro não seja considerado publicação periódica.  
          Livro é um produto industrial?
           Sim, É. Porque é produzido, publicado e vendido. NOITE DAS LÁGRIMAS EM ÁFRICA, como as outras obras literárias é um produto industrial. Mas, olhando pela sua essência, como falei cada escritor procura desenhar o espaço, o tempo e o meio, no qual vive. Então, respondo outra vez que ela é mais do que um simples produto. Porque carrega consigo, o principio fundamental de um povo: o valor cultural guineense.
           A VIDA DE ESCRITOR É FACIL?
            Para quem está começando, como é o meu caso, é difícil. Em cada momento tenho que prestar explicações aos leitores sobre o livro. O escritor tem que esperar de tudo, crítica e elogios. O mais difícil para mim, foi no dia do lançamento. Era o dia em que eu estava vivendo os momentos inéditos e emocionais, da minha vida. Os primeiros contatos com a imprensa e pessoas diferentes, com perguntas inteligentes. Mas, tirando isso, não tenho nada para reclamar, porque o meu sonho se concretizou. O sonho de virar um dia escritor. Hoje, a minha alegria se exalta nas sombras das interpretações e discussões sobre o meu livro. Em Luiz Eduardo, município do Estado da Bahia, uma menina, comentou com "amiga" minha, que chegou a sonhar com o meu livro. No outro dia, perguntou se tudo que foi narrado era a realidade. A resposta foi esta: NOITE DAS LÁGRIMAS EM ÁFRICA tem caráter realista, que condena e denuncia o que houve de mal na sociedade guineense. Até pode haver alguns desencantos e tristezas, como tem ocorrido, por parte de alguns dos meus conterrâneos, que estão pedindo a censura do livro, com as justificativas pouco sólidas. Como se diz, o conteúdo de um livro traz ao leitor as novas informações, para tanto, aceito ou não, discutido ou refutado continuará sempre conservado nele a estrutura intelectual. Pois, tive a profunda oportunidade de viver diretamente à realidade, na qual abordei.
           COMO ESTÁ A VENDA DO LIVRO?
               Atualmente, não apenas os livros que estão em profunda crise, mas, todas as manifestações e as produções intelectuais impressas estão em crise. Por motivos simples: a pandemia da tecnologia, tendo a mídia como o suporte. Lembre-se, antes, as pessoas sentavam nos ônibus, lendo livros, jornais, revistas, etc.; liam e esperavam atendimento nas repartições públicas ou particulares. Em casa, tinham tempos suficientes para ler os livros. Porém, no cerco fechado pelo capitalismo, tudo vem se transformando. Nos ônibus e, em qualquer repartição de serviço, as pessoas preferem muito mais ouvir as musicas, com Fones de Ouvido do que ler um livro. Em casa, a mídia televisiva, brutalmente os joga no sofá, assistindo à novela, termina novela, a Internet, estupidamente os puxa pela orelha, para navegar no infinito. A única leitura, às vezes, que as pessoas fazem é a leitura pela necessidade ou obrigação: passar num concurso ou, porque professor/a autoriza. Sendo assim, o mundo capitalista agradece. Vendo as pessoas limitadas perambulando pelas ruas da cidade.
DIVULGAÇÃO.
Essa é a grande preocupação: a divulgação. Muito embora, estou desencadeando muito esforço a respeito. Hoje, pode encontrar o meu livro, quase em todas as bibliotecas universitárias, principalmente da Universidade Federal e da PUC-GO (Pontifícia Universidade Católica de Goiás); também, nas livrarias da cidade e no SITE,http://www.geledes.org.br/patrimonio-cultural/literario-cientifico/160-literatura/10096-noite-das-lagrimas-em-africa Já dei algumas entrevistas na televisão, na rádio e nos outros meios de comunicação, graças ao esforço da Neuzade ASPIR, e de Assessor Especial do prefeito, José Eduardo da Silva Batista. Por conseguinte, afirmo que foi uma experiência nova e difícil para ser encarada. É questionamento, crítica, explicações ao leitor, divulgação, assim por diante. Mas, tem um significado muito importante para mim: o sonho concretizado, que perdurará para a história.
aratum22@yahoo.com.br
Marcelo Aratum