CEDEAO – Comunidade Económica dos Estados da África
Ocidental
Assim dizem: a CEDEAO quer reconhecer o governo
saído de Golpe de Estado. Quer reconhecer ou vai reconhecer? Guineenses, por
favor, vamos parar de ver e falar das coisas concretas, ou seja, que estão
acontecendo, e partimos a refletir e abstrair sobre tais coisas. Visto que,
todos os problemas da Guiné-Bissau nunca nasceu de um simples acaso, mas, foi e
é uma armação, um projeto de longo prazo. Por que você tem medo de afirmar que
existem pessoas ou guineenses legítimos pagos ou manipulados, para criar
instabilidade e entregar ou transformar os nossos valores aos valores
regionais? Ainda mais, pensa que é por acaso que o CEDEAO, segundo o
noticiário, no site, bissaudigital, financiou o candidato independente, Serifo
Nhamadjo? Por favor, acorde-se e reflita-se um pouco sobre a figura desse homem.
Será que ele não carrega nenhum valor semelhante aos valores dos nossos
vizinhos?
Guineenses, vamos parar
de desencadear lutas superficialmente visíveis e pensar na profundeza intenção
desses países que nos cercam. Tudo bem. Vamos percorrer os nossos olhares para
aqueles que estão vivendo geograficamente a situação idêntica da nossa: Israel.
A situação de Israel não é tão diferente da nossa. Esse país divide fronteiras
com Líbano ao norte, Síria e Jordânia ao leste e Egito ao sudoeste. Entre
tanto, o Estado de Israel é único na região, com a cultura e a religião
própria, diferentemente dos demais. Havia os pretextos, as lutas, as intrigas para submeter
esse Estado ao domínio dos valores estranhos, mas, sem nenhuma solução. Agora,
se Israel fosse um país analfabeto, egoísta, que exaltasse as culturas, a língua e os
costumes estranhos, que pensasse mais no Eu, que deixasse ser alienado por
valores materiais, hoje estaria vivendo num beco sem saída. Projeto dos vinhos
do povo israelita falhou e este país continua firme, marcando um Estado
diferente, com a história diferente. Povo israelita sempre, nos momentos
difíceis se junta para uma única causa: interesse da nação israelense. Eles nunca
se entregam no choro desesperado: por favor, Comunidade Internacional vem nos
salvar! Por favor, Portugal vem nos salvar! Por favor, CEDEAO vem nos salvar,
etc. Mas, sim, eles acreditam na Unidade Nacional e não unidade pendurada,
apenas nos discursos como a nossa Unidade Nacional, na Guiné.
Para
tanto, caso não mudarmos a maneira de pensar a Guiné-Bissau, nunca
encontraremos solução para o nosso problema. Se pensarmos que o estrangeiro que
vai resolver os nossos problemas, nunca encontraremos a solução para o nosso
problema. Em cada noitada, na cama, devemos pensar e elaborar as estratégias,
para livrarmos das perseguições e da caverna que fomos submetidos. 07 de junho
de 1998 é um exemplo evidente para refletirmos sobre a dita Comunidade Internacional.
Na minha modesta opinião, tenho a certeza que o sonho dos nossos vizinhos vai
se concretizar: a falar a mesma língua, a praticar a mesma religião e mais outros
valores estranhos.
Marcelo Aratum
aratum22@yahoo.com.br
ÁFRICA FOI INVADIDA OU FOI DESCOBERTA?
Ah! Sim. Pergunto, quem então descobriu este continente tão antigo? Claro diria que são os europeus. FALSA. A falsa concepção. Ninguém descobriu ninguém. O continente africano existia e continuam existindo física e populacionalmente antes da chegada dos europeus. Esse continente nunca se manteve isolado pela história. Antes dos colonos europeus havia forte contato do povo africano com o povo dos outros continentes como Europa, Ásia que se mantinham em constante ato comercial. Não é por acaso que esta palavra se originou do grego aprica que significa em português: exposta ao sol.
Fico-me triste, quando oiço do próprio africano, este insulto de que a África foi civilizada pelos europeus. MENTIRA. Antes dos colonos europeus, já havia existido uma forte indústria têxtil na África. Os produtos dessa indústria, tecidos no caso, eram exportados para a Europa e para os países asiáticos e até a China. Era só isso? E as escritas? Esqueceu-se que elas não nasceram na Europa? Pois é, não surgiram na Europa, mas, sim, no Egito. E o Egito é a parte da África. Ainda mais, que você diria sobre isto: "O BASTÃO DE ISHANGO?" Prossiga-se: "o Bastão de Ishango é um pequeno objeto encontrado em pleno coração da África, datado de 15 mil anos antes dos cálculos dos faráos e antes do surgimento da matemática na Grécia. O bastão constitui o mais antigo testemunho matemático da humanidade," (ROCHA, Rosa Margarida de Carvalho. A História da África na Educação Básica: Almanaque Pedagógico). Resumindo: a África se civilizou primeiro que a Europa. Infelizmente, hoje há forte influência da civilização europeia acima da civilização africana, levando o povo africano ignorando seus próprios valores. Começando pela desvalorização de sua própria língua. Colocando a língua dos colonizadores europeus sobre as línguas nacionais, alegando que as línguas nacionais não têm prestígios internacionais. MENTIRA! Simplesmente é o PENSAMENTO DOS ALIENADOS, DE QUEM PERDE A "GUERRA." Consequentemente aprovando o antigo imaginário dos colonizadores, no que se diz respeito à inferioridade do homem negro em todos os aspectos. Pensamento preconceituoso, pior de tudo ensinado direta ou indiretamente nas escolas, para se acomodar e permanecer aceitar eternamente a superioridade de uma raça sobre a outra. Ou seja, o homem branco - europeu, como fonte do saber.
Concluindo, a África não foi descoberta por ninguém, mas, sim, invadida, pilhada sangrentamente pelos europeus, que continuam pilhando-a em colaboração de certos dirigentes "intelectuais" e "políticos" africanos. Certamente, como se viu acima, o continente africano, antes dos europeus viveu sua diversa prosperidade econômica, política e cultural. Comercializava com diversos povos. Por isso, nunca se deixe ser alienado com as falsas teorias, produzidas por eles mesmos - o homem branco - europeu, no caso. Pense e reflita-se sempre sobre seus valores deixados pelos seus ancestrais, há miliares de ano.
Marcelo Aratum
aratum22@yahoo.com.br
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