Quem me dera, um dia, vendo os guinebissauenses lotando os “firmamentos” de Bissau, protestando contra a precariedade da educação, que, diretamente, reflete nos nossos comportamentos do dia-a-dia, tanto no acadêmico quanto no social. Será uma alegria imensurável!!!!
Quem me dera, um dia, vendo os guinebissauenses gritando, com os pés firmes no chão, o chão dito sagrado, contra a consulta dos políticos no exterior, deixando a nossa saúde totalmente vulnerável. Será uma alegria imensurável!!!
Quem me dera, um dia, vendo os guinebissauenses lutando sagazmente contra a corrupção, que vem sendo enraizada na cabeça da massa como ato normal (“Issai de governo nim caça bonito icatené” / ou este: “utrus na furta, iél ku na dissa). Será uma alegria imensurável!!!
Quem me dera, um dia, vendo os guinebissauenses inundando as ruas das cidades, protestando contra falta de saneamento básico, urbanização zero, estradas esburacadas por todo canto do país, até as boas estradas que os “tugas” deixaram, não existem mais. Será uma alegria imensurável!!!
Quem me dera, um dia, vendo os guinebissauenses saírem às ruas, protestando contra as anormalidades decorrentes no país. Será uma alegria imensurável!!!
Essa imensurabilidade da minha alegria “nunca” vai se concretizar, pois os políticos, particularmente da Guiné-Bissau, nunca têm a vontade de investir em uma educação de qualidade, reflexiva, que forma cidadão crítico, que pensa por si só sobre as façanhas políticas, sem ser levado ao “mar” da maioria.
Desde “independência” que a massa vem sendo usada pelos políticos, óbvia, em defesa dos interesses partidários, ou de certos grupos.
Assim vivemos, assim continuaremos a viver, enquanto o país não resolve o problema mais sério, no qual se encontra: uma educação de qualidade. Lembrando que a educação não se resume às informações: “quando começa a Segunda Guerra Mundial; quais são as características da Segunda Guerra Mundial; Quando que o rei de Portugal se casou e tantas outras porcarias incutidas na cabeça dos nossos jovens.” Mas, a verdadeira educação é formar um homem culto, reflexivo, crítico, pensante, assim por diante. E, não homem programado como um computador, inundando as ruas, em nome do PROTESTO.
OBSERVAÇÃO:
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MARCELO ARATUM
MARCELO ARATUM
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