07 DE JUNHO DE 1998

Na Guiné-Bissau, a revolução de Junho de 1998 marcou o nascimento de uma nação moderna. Muito embora, os derrotados alienaram certas pessoas para demonizar essa revolução. Na realidade, 07 de Junho não criou nenhuma ilusão de acabar com a miséria no país. Mas, sim, ele aconteceu para derrubar o absolutismo do Rei e de seus súditos; extinguir o medo centrado na imagem do Rei, que, às vezes, considerado, pela ignorância de muitos, como um sobrenatural, um imortal. Ou seja, essa revolução brotou para colocar a liberdade de expressão em ascensão. Atualmente, no país, você não precisa consultar o outro para lhe passar a fórmula de expressar seu constrangimento contra o Presidente da República e os demais figuras públicas. Pois é, hoje você pode se expressar livremente DISCURSO AÇUCARADO sem precisar fugir do país. A liberdade de expressão que era negada por oligarcas.  

Infelizmente esses grupinhos estão se reflorescendo, mascarados de Amílcar Cabral, deturpando a verdade, colocando os mais humildes, os desinformados da nossa sociedade, tão perplexos ao ponto de se achar que 1+1 = 11. 
De quem é a culpa de tudo isso? A resposta é sua. 

O que eu sei, em particular, comemoro todos os anos essa inesquecível Revolução: reúno os amigos e amigas, compro o necessário para gritar, em voz alta, essa grande data. Eu legitimo qualquer revolução que proporciona a mudança positiva. Para tanto, junte-se com dois, três, quatro amigos ou amigas, para relembrar e contar aos mais novos como amanheceu o domingo de 07 de Junho de 1998. 

Por favor, conta para eles que Bissau parou, parou de boca fechada, de olhos encharcados de lágrimas, assistindo aos verdadeiros guineenses jazidos no chão. Conta esta história maravilhosa. Conta para as novas gerações que as crianças choraram as perdas dos país e os pais a dos filhos, assim por diante.

Conta para as novas gerações que o céu de Bissau trovejou, mas não era trovão da natureza, mas, sim, era trovoada de fadiga que se explodiu na madrugada daquele ano nos céus de Bissau. 

Conta a estória, porque se não a estória perderá. 

Junta-se a nós no grupo de debate no Facebook: Justiça Social e Exercício da Cidadania na Guiné-Bissau

Marcelo Aratum