Assim foi a acusação sobre a publicação do ARTIGO intitulado: VOVOZINHO E NETINHO. Muitos partidários do
NETINHO consideraram algumas expressões, no texto, como insulto, agressão à
autoridade, etc. Assim li, com a delicadeza, assim pensaremos, também, com a
delicadeza a respeito.
Então, o que é insulto?
Quando uma pessoa pode considerar certas expressões insultuosas? Em que
momento, você consegue entender certos adjetivos como insulto?
Ou seja, o insulto é tudo
aquilo que os interlocutores não gostam de ouvir? É isso que se chama de insulto?
ORA BEM,
Até onde sei, não há uma
resposta nem unívoca nem definitiva entre juízes, a que se refere ao INSULTO. É
isso mesmo! A própria justiça não consegue interpretar certas expressões como insulto. O próprio dicionário traz definições insustentáveis e confusas. A razão
disso é simples, isto é, o que você pode achar de insulto, eu ou outra pessoa pode
achar o contrário.
Na realidade, a expressão
insulto é subjetiva, interpretativa, contextual, assim por diante. Vai de pessoa
a pessoa. Depende da circunstância em que ele foi expressa. Então, não deve pensar o insulto como dispositivo universal, e sim, pessoal. Lembro-me, uma vez, em um show de
espetáculo, um artista gritou loucamente: “puta que pariu, cheguei um pouco
atrasado” e o público grita de alegria, a alegria “endoçada” com os aplausos. Já
imagina se um dos espectadores apresentasse a queixa ao juiz, por sentir
insultado? Pergunto, quantas vezes que já ouviu de uma pessoa falando para o outro pateta,
filho da puta, etc. e, este rindo, achando-se de engraçado.
Resumindo, o insulto é a
verdade que o outro não gostaria de ouvir. Chamar uma pessoa feia de feia, é
óbvio que vai se sentir ofendida, insultada; mas, chamar Miss do Mundo de feia,
já é a outra canção. Concluindo, o insulto é a verdade dolorosa.
A pessoa que tem domínio de
si, é pessoa que já mais se ofenderá. Alguém me insulta, dizendo algo sobre uma
questão pessoal, só há duas hipóteses: a pessoa está dizendo a verdade ou ela
está mentindo (Leonardo Karnal).
No facebook, Chakul Pereira chamou
Jomav de “filho da puta” e algumas pessoas acharam isso como insulto. Mas quem
garante que é insulto? Eu diria que era uma simples acusação. Para tanto, tudo vai
depender da negociação entre Jomav e Chakul. Ou seja, Jomav vai analisar tal
acusação, caso chegou à conclusão de que a mãe dele não é puta, então, Chakul
estava se mentindo e pode ser processado por isso. Caso contrário nenhuma lei
pode condená-lo, Chakul, no caso.
Agora entendeu como são as
coisas? Então, no artigo que eu tenho publicado sobre VOVOZINHO E NETINHO, a
expressão IDIOTA é insulto? Tudo bem, a sua ignorância pode achar que é. Todavia, estou aqui para clarear as suas dúvidas. É o objetivo desta página. Etimologicamente a expressão
IDIOTA vem dos gregos, segundo a história. Na Grécia Antiga existiam os políticos e os
idiotas. Os gregos chamavam os políticos aqueles que preocupam fundamentalmente
com o bem da coletividade; com o bem-estar de polis (cidade-estado da antiga
Grécia). Enquanto os idiotas eram chamados assim devido aos seus egocentrismos,
isto é, as pessoas que não se preocupavam com o bem da coletividade. Ficou
claro?
Sendo assim, a expressão
idiota ao Dominguinho era merecedora. Ele era idiota, sim. Isso não era insulto, mas
era uma realidade. Idiota era a única expressa cabível a ele, naquele contexto. Não
tive outro adjetivo para atribuí-lo. A não ser de IDIOTA.
Na Guiné-Bissau, infelizmente, tudo é considerado de insulto: burro é insulto; corrupto é insulto; o fulano é pateta é insulto;
idiota é insulto, ignorante é insulto etc. Digo, ninguém tem o direito de
escolher o adjetivo que o outro deve usar para qualificar ou caracterizar os
idiotas. Tudo vai depender da auto-negociação do autor.
Caso isso não o satisfaz e para facilitar a vida dos
guineenses, o governo deve pregar, na Chapa-de-Bissau, uma placa bem grande,
escrevendo nela os adjetivos que a população deve usar para caracterizar os
políticos idiotas.
Ora bem, o insulto é simplesmente
um instrumento criado para inibir, intimidar a sua liberdade de expressão. Impondo isso como uma régua para moldar o seu comportamento. Fique atento e reflita:
O MUNDO DEVE SER PENSADO E NÃO DADO.
Marcelo Aratum
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