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domingo, 8 de novembro de 2015

DOMINGOS SIMÕES PEREIRA

INSULTO – EM GUINEENSE: COBA MAL (A DOMINGOS SIMÕES PEREIRA)



Assim foi a acusação sobre a publicação do ARTIGO intitulado: VOVOZINHO E NETINHO. Muitos partidários do NETINHO consideraram algumas expressões, no texto, como insulto, agressão à autoridade, etc. Assim li, com a delicadeza, assim pensaremos, também, com a delicadeza a respeito.

Então, o que é insulto? Quando uma pessoa pode considerar certas expressões insultuosas? Em que momento, você consegue entender certos adjetivos como insulto?
Ou seja, o insulto é tudo aquilo que os interlocutores não gostam de ouvir?  É isso que se chama de insulto?

ORA BEM,

Até onde sei, não há uma resposta nem unívoca nem definitiva entre juízes, a que se refere ao INSULTO. É isso mesmo! A própria justiça não consegue interpretar certas expressões como insulto. O próprio dicionário traz definições insustentáveis e confusas. A razão disso é simples, isto é, o que você pode achar de insulto, eu ou outra pessoa pode achar o contrário.

Na realidade, a expressão insulto é subjetiva, interpretativa, contextual, assim por diante. Vai de pessoa a pessoa. Depende da circunstância em que ele foi expressa. Então, não deve pensar o insulto como dispositivo universal, e sim, pessoal. Lembro-me, uma vez, em um show de espetáculo, um artista gritou loucamente: “puta que pariu, cheguei um pouco atrasado” e o público grita de alegria, a alegria “endoçada” com os aplausos. Já imagina se um dos espectadores apresentasse a queixa ao juiz, por sentir insultado? Pergunto, quantas vezes que já ouviu de uma pessoa falando para o outro pateta, filho da puta, etc. e, este rindo, achando-se de engraçado.

Resumindo, o insulto é a verdade que o outro não gostaria de ouvir. Chamar uma pessoa feia de feia, é óbvio que vai se sentir ofendida, insultada; mas, chamar Miss do Mundo de feia, já é a outra canção. Concluindo, o insulto é a verdade dolorosa.

A pessoa que tem domínio de si, é pessoa que já mais se ofenderá. Alguém me insulta, dizendo algo sobre uma questão pessoal, só há duas hipóteses: a pessoa está dizendo a verdade ou ela está mentindo (Leonardo Karnal).

No facebook, Chakul Pereira chamou Jomav de “filho da puta” e algumas pessoas acharam isso como insulto. Mas quem garante que é insulto? Eu diria que era uma simples acusação. Para tanto, tudo vai depender da negociação entre Jomav e Chakul. Ou seja, Jomav vai analisar tal acusação, caso chegou à conclusão de que a mãe dele não é puta, então, Chakul estava se mentindo e pode ser processado por isso. Caso contrário nenhuma lei pode condená-lo, Chakul, no caso.

Agora entendeu como são as coisas? Então, no artigo que eu tenho publicado sobre VOVOZINHO E NETINHO, a expressão IDIOTA é insulto? Tudo bem, a sua ignorância pode achar que é. Todavia, estou aqui para clarear as suas dúvidas. É o objetivo desta página. Etimologicamente a expressão IDIOTA vem dos gregos, segundo a história. Na Grécia Antiga existiam os políticos e os idiotas. Os gregos chamavam os políticos aqueles que preocupam fundamentalmente com o bem da coletividade; com o bem-estar de polis (cidade-estado da antiga Grécia). Enquanto os idiotas eram chamados assim devido aos seus egocentrismos, isto é, as pessoas que não se preocupavam com o bem da coletividade. Ficou claro?

Sendo assim, a expressão idiota ao Dominguinho era merecedora. Ele era idiota, sim. Isso não era insulto, mas era uma realidade. Idiota era a única expressa cabível a ele, naquele contexto. Não tive outro adjetivo para atribuí-lo. A não ser de IDIOTA.

Na Guiné-Bissau, infelizmente, tudo é considerado de insulto: burro é insulto; corrupto é insulto; o fulano é pateta é insulto; idiota é insulto, ignorante é insulto etc. Digo, ninguém tem o direito de escolher o adjetivo que o outro deve usar para qualificar ou caracterizar os idiotas. Tudo vai depender da auto-negociação do autor.

Caso isso não o satisfaz e para facilitar a vida dos guineenses, o governo deve pregar, na Chapa-de-Bissau, uma placa bem grande, escrevendo nela os adjetivos que a população deve usar para caracterizar os políticos idiotas. 

Ora bem, o insulto é simplesmente um instrumento criado para inibir, intimidar a sua liberdade de expressão. Impondo isso como uma régua para moldar o seu comportamento. Fique atento e reflita:
O MUNDO DEVE SER PENSADO E NÃO DADO.


Marcelo Aratum 

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